Ala do PT infla filiados para derrotar nome de Lula na eleição interna

Preferido de Lula para assumir a presidência do PT, Edinho Silva se tornou alvo de uma campanha para minar o seu favoritismo nas eleições internas que ocorrerão em julho. Insatisfeitos com o ex-prefeito de Araraquara (SP), integrantes da cúpula da sigla estão turbinando o número de filiados para tentar derrotá-lo no voto.

A manobra é liderada pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá. Coordenador nacional ala majoritária do partido, Construindo Um Novo Brasil (CNB), Quaquá filiou mais de 60 mil pessoas ao PT. A estratégia também foi adotada pelos senadores Humberto Costa (PE) e Beto Faro (PA) e pelo deputado Jilmar Tatto (SP) em seus respectivos estados.

A CNB acusa Edinho de “atropelar” o regimento interno com mudanças que definiram, em fevereiro, novas regras para a eleição direta do novo presidente.

“Acho que o Edinho não tem perfil para presidir o PT. Ele tem a cara dos yuppies paulistanos. Ele não tem voto nem para se eleger, não se sustenta por si próprio”, disse Quaquá à coluna. A declaração foi uma referência ao fato de Edinho Silva ter perdido o comando de Araraquara para o grupo político de Bolsonaro.

A coluna não conseguiu contato com Edinho Silva. O espaço permanece aberto. Além dele, outros 3 nomes disputam o comando do partido: Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira.

No momento, a presidência é exercida interinamente por Humberto Costa, que assumiu o cargo após a saída de Gleisi Hoffmann, que se tornou ministra de Relações Institucionais do governo Lula.

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