Descobriu que seu parceiro guarda fotos da(o) ex? Veja como reagir

Você está em um relacionamento estável, tudo vai bem — até que, por acaso, encontra fotos, cartas ou até presentes guardados do antigo relacionamento do(a) seu(sua) parceiro(a). E agora? Isso é sinal de alerta ou apenas um resquício inofensivo do passado?

Essa descoberta pode provocar diferentes reações: há quem ignore, confiando no vínculo atual, enquanto outros enxergam o gesto como uma falta de respeito ou indício de sentimentos mal resolvidos. Afinal, o que fazer?

Para entender melhor como lidar com situações como essa, a coluna Pouca Vergonha converosu com dois psicólogos que explicam os impactos emocionais envolvidos e como é possível reagir de maneira saudável.

A importância da comunicação clara

Segundo o psicólogo Vitor Barros, quando uma situação dessas aparece, muitas vezes revela mais do que o simples fato de guardar fotos antigas — pode apontar falhas na comunicação do casal ou questões mal resolvidas do passado.

“Demandas como essa envolvem uma comunicação muito eficaz. E é uma comunicação que tem que ser transparente, onde o casal converse abertamente. Quando esse tipo de situação existe, pode representar que há uma comunicação fragilizada e, talvez, uma falta de resolução do que já passou”, explica Vitor.

Ele ressalta ainda que guardar fotos ou objetos do(a) ex pode não ser um comportamento natural se o relacionamento anterior já foi encerrado. “É natural registrar memórias e aprendizados, mas manter fotos de uma relação que já terminou pode sinalizar algo não resolvido”, completa.

casal conversando
A comunicação precisa ser transparente, onde o casal converse abertamente

Memórias não precisam ameaçar o presente

Já a psicóloga Cibele Santos traz uma perspectiva diferente. Para ela, guardar imagens ou objetos de um relacionamento antigo não necessariamente indica desrespeito ao vínculo atual — pode até refletir um olhar saudável para a própria história.

“Fotos de relacionamentos antigos implicam em manutenção de imagens de vida, de história. Isso não precisa significar desvalorização da relação atual. Pode, inclusive, mostrar vivacidade da trajetória do outro”, afirma.

Cibele também destaca que relembrar faz parte da natureza humana. “Somos seres emocionais e nos apegamos a memórias. É normal guardar lembranças. O importante é avaliar se esse apego é saudável ou está interferindo no presente.”

foto de ex
Guardar imagens ou objetos de um relacionamento antigo não necessariamente indica desrespeito ao vínculo atual

Não existe resposta certa — mas existe respeito

Ambos os profissionais concordam que não há uma fórmula única para lidar com essas situações. Cada pessoa vivencia os relacionamentos e as perdas de maneira única, e a reação a essa descoberta dependerá de fatores como maturidade emocional, autoconfiança e o nível de diálogo do casal.

“Quando se trata de rompimentos amorosos, não existem protocolos. Cada indivíduo lida com o fim de uma forma própria, e isso influencia diretamente na forma como reage ao passado do outro”, reforça Cibele.

Diante disso, o mais importante é conversar. Perguntar, sem acusar. Expor como se sente, sem exigir respostas imediatas. E principalmente: avaliar se o que foi encontrado realmente afeta a relação atual ou se é apenas uma lembrança inofensiva.

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