Amazônia em CHAMAS: Mancha de Fumaça pode Chegar a SP até o Final da semana

Desde terça-feira, 27 de agosto de 2024, uma grande quantidade de monóxido de carbono (CO), oriunda de incêndios florestais, está se acumulando sobre o sul da Amazônia. Informações recentes obtidas através do serviço de satélites Copernicus, vinculado à agência climática da União Europeia, apontam para uma elevação preocupante na concentração desse gás nocivo.

As áreas mais afetadas incluem os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso. Segundo Humberto Alves Barbosa, meteorologista e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas, “as queimadas são a principal origem desse monóxido de carbono presente na atmosfera”.

Incêndios na Amazônia: Focos e Implicações

Entre os dias 27 e 28 de agosto, foram registrados 3.949 focos de incêndio na Amazônia, de acordo com o Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este número é significativamente maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.040 focos. Somente em agosto de 2024, o bioma já contabiliza 31.130 focos ativos, indicando quase o dobro dos registrados no ano anterior.

No mapa de concentração de monóxido de carbono, as áreas mais críticas aparecem em vermelho, indicando níveis superiores a 1.200 partículas por bilhão de volume (ppbv). Na madrugada de quarta-feira, os dados de satélite chegaram a registrar 8.500 ppbv no sul da Amazônia.

Por Que os Níveis de CO Estão Elevados?

O professor Humberto Alves Barbosa destaca que é crucial entender o porquê da intensa concentração de focos em intervalos curtos. “O foco de queimada tem um padrão característico. Algo específico está causando essa alta densidade de incêndios,” questiona.

Previsões para São Paulo e Paraná

A previsão é que as partículas de monóxido de carbono se desloquem para o sul do Brasil nos próximos dias, devido aos ventos fortes. “Para sábado e domingo, estamos prevendo um maior acúmulo dessas partículas nos estados de São Paulo e Paraná, além de partes da região Centro-Oeste,” alerta o meteorologista.

Impacto das Queimadas em Longo Prazo

As previsões indicam que os próximos meses também poderão ser desafiadores em termos de queimadas na Amazônia. Barbosa salienta que, “mesmo com o final da estação seca no Norte entre setembro e outubro, pode haver uma extensão dessa secura para a parte leste da Amazônia”, o que afetaria as zonas de transição entre Amazônia, Cerrado e Caatinga.

Decretos de Emergência se Multiplicam

Desde o início de agosto, o número de municípios que declararam situação de emergência em função das queimadas florestais aumentou significativamente. Até agora, foram 118 decretos emitidos, com destaque para São Paulo (51 decretos), Mato Grosso (35 decretos) e Acre (22 decretos). O Estado do Pará também entrou em emergência recentemente.

  • 51 decretos de emergência em São Paulo
  • 35 decretos em Mato Grosso
  • 22 decretos no Acre

Esses números foram fornecidos pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com dados do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). A situação também é alarmante na Amazônia e no Pantanal.

Impacto nas Comunidades e Meio Ambiente

As queimadas não só impactam o meio ambiente, mas também afetam diretamente a população local. Mais de 4,4 milhões de pessoas vivem em áreas ameaçadas pelos incêndios. As autoridades destacam a urgência de medidas eficazes e coordenadas para conter a crise e proteger tanto a natureza quanto a saúde pública.

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