Haddad diz que Senado pode reduzir IVA; votação fica pra depois das eleições

Em meio ao debate sobre a reforma tributária, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona a possibilidade de o Senado reverter o aumento da alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aprovado pela Câmara dos Deputados. Em entrevista à BM&C News, Haddad afirmou que o Senado pode atuar para ajustar o valor, que hoje está entre os mais altos do mundo. “A proposta aprovada na Câmara elevou a alíquota do IVA com o potencial de chegar a 28%. No Senado dá para voltar para 26,5%? Dá, mas às vezes isso tem um custo político.” disse Haddad, que também disse ter orgulho da medida: “É o maior feito de um ministro da Fazenda desde o Plano Real. A reforma vinha sendo perseguido há duas gerações. Não é perfeita, mas é mais fácil aperfeiçoar o que foi aprovado do que reformar ou reconstruir o que tá ficando para trás”.

A reforma tributária, que foi aprovada na Câmara dos Deputados em julho deste ano, ainda aguarda votação no Senado. De acordo com o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a análise do texto foi adiada para novembro, após as eleições municipais, que ocorrem em outubro. Pacheco justificou o adiamento devido à complexidade da reforma e à necessidade de um debate mais aprofundado, considerando os impactos socioeconômicos da medida.

Em entrevista à BM&C News, ministro da Fazenda falou sobre aumento da alíquota pela Câmara: “Senado pode reduzir”

Ministro da Fazenda demostra otimismo

Antes da entrevista à BM&C News, Fernando Haddad participou da Expert, promovida pela XP e expressou confiança na eficácia da revisão de gastos promovida pelo governo. “Estou confiante de que a revisão de gastos vai funcionar”, afirmou o ministro, destacando que os cortes de despesas não afetarão a população mais pobre.

O ministro também comentou sobre a discussão em torno da taxa de juros no Brasil, comparando-a com o cenário nos Estados Unidos. “Biden fala de juros, Trump falava; no Brasil tem um certo tabu quando se fala de juro”, observou, sugerindo que a discussão sobre juros no Brasil precisa ser mais aberta.

Haddad expressou otimismo em relação ao futuro econômico do país. “Vai chegar um momento que os fundamentos falarão mais alto que a especulação ou a incerteza que ainda paira no horizonte”, disse, projetando um cenário positivo para o final do ano. “Ainda acredito que terminaremos o ano com bolsa em alta, com PIB reajustado para cima, com baixo desemprego e inflação dentro da meta”, concluiu.

Veja a reportagem completa aqui:

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