Taxas do Tesouro Direto sobem: Entenda os motivos e como lucrar com isso

O Tesouro Direto, programa de compra de títulos públicos que permite investimentos seguros com a garantia do governo federal, tem mostrado um comportamento bastante específico nas últimas sessões. Nesta terça-feira, observou-se uma expressiva alta nas taxas oferecidas, atingindo valores próximos ou mesmo superando os recordes do ano vigente.

Imagem: Inetrnet.

Investidores e analistas de mercado mantêm os olhos atentos às movimentações recentes, que sugerem um cenário de cautela em relação às políticas fiscal e monetária do Brasil. A influência desses fatores no mercado de títulos é direta e bastante significativa, o que justifica a atual volatilidade das taxas.

Por Que as Taxas do Tesouro Direto Estão Subindo?

No início do dia, às 9h20 pelo horário de Brasília, o título prefixado com vencimento em 2031 apresentou um aumento, alcançando 12,25% ao ano, uma alta comparado ao dia anterior. Esse aumento, embora pareça sutil, é relevante e coloca o título muito próximo do seu pico no ano, que foi de 12,30%.

Impacto das Projeções de Inflação e Juros

Os dados mais recentes do Boletim Focus, que agrupa as expectativas de mercado para os principais indicadores econômicos, revelaram um ajuste nas estimativas para a taxa Selic em 2024, elevando-a de 10,25% para 10,50%. Esse aumento nas expectativas contribui diretamente para as taxas mais altas demandadas pelos títulos.

Desempenho dos Títulos Indexados à Inflação

Além dos prefixados, os títulos atrelados à inflação, conhecidos como IPCA+, também mostraram variações notáveis. Por exemplo, o Tesouro IPCa+ com vencimento em 2035 registrou uma taxa de 6,36% de juro real, quase alcançando sua máxima nos últimos 12 meses de 6,39%. Esse comportamento reflete a busca dos investidores por proteção contra as esperadas elevações nos índices de preços.

  • Tesouro IPCA+ 2029: iniciou o dia em 6,46%, superando a máxima antiga de 6,42%.
  • Tesouro IPCA+ 2035: apresentou juros de 6,36%, perto do recorde de 6,39%.
  • Tesouro IPCA+ 2045: manteve-se em 6,36%, comparável a sua máxima de 6,37%.

Para quem contempla ingressar no mundo dos investimentos ou deseja acompanhar mais de perto essas flutuações, é essencial entender como eventos econômicos como alterações na taxa Selic, projeções de inflação e políticas governamentais impactam diretamente as taxas de retorno dos títulos públicos. As oscilações recentes nos títulos do Tesouro Direto oferecem uma oportunidade de aprendizado e, possivelmente, de investimento, sempre considerando o perfil e os objetivos financeiros de cada indivíduo.

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