IPCA-15 de junho registra alta de 0,39%, especialistas comentam

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou hoje (26), que a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 de junho apresentou uma variação de 0,39%, ficando abaixo das expectativas do mercado.

A Warren Rena, representada por Andréa Angelo, Guilherme Gomes e Viniccius Valentim, previa um índice de 0,42%, enquanto a mediana da Bloomberg apontava para 0,44%.

Fatores de Ajuste e Impacto Volátil

A diferença de -3 pontos-base (bps) em relação à projeção da Warren Rena se deve principalmente a itens voláteis, como passagens aéreas e gasolina, que contribuíram para um ajuste automático baixista no IPCA de junho. Por outro lado, bens duráveis, como automóveis novos, e itens de higiene pessoal continuaram a mostrar uma aceleração firme, refletindo tanto o fim do arrefecimento da inflação externa no atacado quanto o câmbio.

Análise dos Núcleos Inflacionários

Os núcleos da inflação vieram ligeiramente mais altos do que o esperado, com uma média de 0,34% frente à expectativa de 0,32%. Esse aumento foi impulsionado por bens duráveis e não duráveis subjacentes. Serviços subjacentes tiveram uma leitura um pouco pior, com um aumento de 1 bp, enquanto os serviços intensivos em mão de obra aceleraram para 0,46% no mês e 5,7% em 12 meses.

Projeções e Expectativas

A análise da Warren Rena reforça a visão de que os serviços subjacentes estão em uma janela temporária boa, com uma média em torno de 5%. No entanto, há sinais de reaceleração na segunda metade do ano, especialmente nos itens sensíveis à renda e emprego. A expectativa é que o grupo de serviços subjacentes encerre o ano perto de 6%, vindo de 4,8% em 2023.

Revisões no Curto Prazo

  • IPCA de Junho: Revisado de 0,33% para 0,28%, com destaque para itens como aluguel e passagens aéreas.
  • IPCA de Julho: Revisado de 0,25% para 0,24%, principalmente devido à alimentação subjacente, sem impacto do bônus de Itaipu.

Perspectiva para 2024 e 2025

A Warren Rena mantém a projeção do IPCA em torno de 4% para 2024 e 2025, embora o balanço de riscos permaneça altista para esses períodos.

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