Dólar a R$ 5,46 acumula queda de 2,27%. Entenda

Na última semana, o dólar encerrou um período de significativas variações, fechando em queda e distanciando-se do pico atingido anteriormente. Essas alterações no valor da moeda norte-americana ocorreram em um contexto de incertezas tanto políticas quanto econômicas, refletindo diretamente nas decisões de investidores e em movimentos estratégicos no cenário econômico global.

Inicio de semana marcado por uma depreciação até o fechamento na casa de R$ 5,462, representando uma desvalorização semanal de 0,46%. Esse comportamento foi antecedido por uma alta considerável, onde a moeda alcançou o valor de R$ 5,70, influenciada por declarações políticas e preocupações com as contas públicas brasileiras.

Quais fatores influenciaram a queda do dólar?

No cenário domestico, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária e as preocupações com o fiscal foram amenizadas ao longo das sessões. A comunicação por parte do governo, que reafirmou o comprometimento com a responsabilidade fiscal, ajudou a acalmar o mercado, contribuindo para o enfraquecimento do dólar frente ao real.

Imagem: Internet.

O que aconteceu no cenário internacional?

Enquanto isso, o cenário internacional também teve papel decisivo nos movimentos do dólar. No final da semana, notícias vindas dos Estados Unidos indicaram uma criação de empregos acima das expectativas de junho, com 206.000 vagas adicionadas, superando a projeção de 190.000 empregos. Esse cenário fortaleceu a expectativa de uma política monetária mais flexível por parte do Federal Reserve, o banco central americano.

Impacto do mercado de trabalho nos EUA nos investimentos

A moderação observada na criação de empregos em junho, embora tenha sido positiva, também veio acompanhada de uma revisão para baixo nos números de maio. Esse ajuste, somado aos sinais de desinflação, trouxe um novo impulso de otimismo quanto ao afrouxamento das políticas monetárias nos próximos meses, o que pode refletir em um dólar menos valorizado globalmente.

O aumento dos índices de desemprego para 4,1% também corroborou as perspectivas de que o Fed possa implementar cortes na taxa de juros ainda este ano. Investidores e analistas reajustaram suas apostas, inclinando-se por um cenário de relaxamento monetário já a partir de setembro.

Influência dos rendimentos dos Treasuries e a expectativa para o dólar

A relação invertida entre os juros nos EUA e a atratividade do dólar evidencia um fenômeno importante. Com juros menores, os rendimentos dos Treasuries tornam-se menos atraentes, pressionando a divisa americana para baixo em relação a outras moedas, como o real. Esse ciclo sugere que as próximas decisões do Fed serão cruciais para os investidores que mantêm ativos denominados em dólar.

Embora a semana tenha se encerrado com uma nota positiva para o real, os próximos dias serão fundamentais para definir se o comportamento recente do dólar é uma tendência ou apenas uma resposta temporária a ajustes nos discursos político e econômico, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

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