Polícia vai investigar PMs que cantaram músicas exaltando mortes no Carandiru; VEJA VÍDEO

foto: reprodução

Recentemente, tornou-se público um vídeo que mostra militares em um coro contundente, liderados por um homem identificado apenas como soldado Breno. A cena, marcada por gritos de guerra como “Cavalaria Brasil!”, captura aproximadamente 20 militares entoando versos extremamente controversos e agressivos, em meio a aplausos e sorrisos.

Este episódio aconteceu anos após o trágico evento conhecido como Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, onde a invasão de um pavilhão da Casa de Detenção em São Paulo por policiais militares resultou na morte de 111 detentos. O caso, que é uma das páginas mais sombrias da história brasileira, ainda ecoa na sociedade e nas ações policiais até hoje.

BDBR - Carandiru (Foto: Reprodução/Bom Dia Brasil)BDBR – Carandiru (Foto: Reprodução/Bom Dia Brasil

Qual a Reação das Autoridades ao Vídeo?

Logo após a divulgação do vídeo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) agiu prontamente, instruindo o Comando do Policiamento de Choque a iniciar uma investigação. A SSP enfatizou que as atitudes mostradas no vídeo não representam as práticas institucionais e anunciou que medidas adequadas serão tomadas para lidar com o ocorrido.

O Efeito do Massacre do Carandiru Treinta Anos Depois

Relembrando a brutalidade do Massacre do Carandiru, a intervenção da Polícia Militar visava controlar uma rebelião em tempo real, mas culminou na morte maciça de detentos, a maioria sem qualquer forma de defesa, segundo alegações de investigações subsequentes. Os policiais envolvidos foram julgados e condenados, mas um indulto presidencial em 2022 reverteu muitas dessas condenações, decisão que atualmente aguarda avaliação do Supremo Tribunal Federal.

As Nuanças Legais e a Memória do Massacre

A resposta legal ao Massacre do Carandiru incluiu condenações que somaram centenas de anos para os policiais envolvidos. No reino da justiça, essas penalidades enfatizam a gravidade dos atos cometidos. Contudo, um fato preocupante é que, conforme a legislação brasileira, nenhuma pessoa deve permanecer encarcerada por mais de 40 anos por um único crime, o que complica a aplicação das sentenças originais.

A situação desperta uma reflexão profunda sobre a justiça e os direitos humanos no Brasil, mostrando que, mesmo após décadas, a luta pelo reconhecimento e justiça às vítimas do Carandiru continua relevante. A circulação do vídeo “Cavalaria Brasil” reacende debates sobre o papel e a conduta das forças policiais, tanto no passado quanto no presente.

Este novo episódio, embora isolado, serve como um lembrete sombrio das cicatrizes que eventos como o Massacre do Carandiru deixaram na sociedade brasileira e na confiança no sistema de segurança pública. A continuidade da vigilância e a responsabilização são essenciais para garantir que tais práticas não se repitam.

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