Moções para Julia Zanata e Nikolas Ferreira causam polêmica na Câmara de Blumenau

Nesta terça-feira, 18, os vereadores de Blumenau rejeitaram uma moção de louvor, de autoria de Flavinho (PL), para o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). A rejeição veio cinco dias após os parlamentares aprovarem uma moção semelhante para a também deputada federal Julia Zanatta (PL).

Flavinho justificou a moção para sua madrinha política devido “sua defesa dos valores culturais da nossa região”. A moção foi aprovada na quinta-feira, 13, por sete votos favoráveis. Votaram a favor da moção para Zanatta os vereadores Cristiane Loureiro (Podemos), Diego Nasato (Novo), Egídio Beckauser (Republicanos), Flavinho (PL), Gilson de Souza (União), Jovino Cardoso (PL) e Silmara Miguel (PSD).

No entanto, a aprovação da moção gerou debate nas redes sociais, com trocas de farpas entre Zanatta e Bruno Cunho (Cidadania) que foi um dos vereadores a votar contra e usou as redes sociais para justificar o voto.

Após a situação, a moção para Nikolas foi rejeitada, recebendo apenas quatro votos favoráveis. Enquanto na moção para Zanatta apenas Bruno Win (Novo) se absteve, na moção para Nikolas também se juntaram a Win na abstenção os vereadores Nasato, Cristiane e Jovino.

Flavinho argumentou na justificativa que Nikolas merecia a moção “por seu empenho na defesa da liberdade econômica”.

Moção gerou debate na Câmara de Blumenau

Minutos antes da votação na Câmara, os vereadores usaram a tribuna para discutir o tema. Jean Volpato (PT) que votou contra, alegou que a moção era destinada a uma pessoa que “nunca contribuiu com Blumenau” e ainda acrescentou que “não sabe nem onde fica Blumenau no mapa”.

O colega de partido, Adriano Pereira (PT) também usou a tribuna e disse que há problemas que estão longe de serem resolvidos em Blumenau. “Uma série de problemas para nos preocuparmos e o vereador traz moção para o Nikolas Ferreira”, argumentou.

Silmara, que foi favorável à moção, também usou a tribuna para defender a atitude de Flavinho. Ainda lembrou que na Câmara também foram aprovados projetos como o Dia da Abelha e o Dia do Flashback, e afirmou que os temas não têm relação com os problemas de Blumenau.

Almir Vieira chamou Nikolas de “ícone da política”, mas disse que é “desnecessário fazer elogios com moções para políticos” e ainda afirmou que a função de um político é defender os interesses da sociedade.

Bruno Cunha também foi à tribuna e disse que os parlamentares devem se ater aos problemas da cidade. “Se tiver uma justificativa e estiver no texto, o que não é o caso, mostrando o que especificamente fez para Blumenau, os recursos que trouxe, se for de esquerda, direita ou centro, não tem problema, meu voto será favorável. Penso em Blumenau antes de qualquer ideologia”, argumentou.

Já Flavinho argumentou que por conta de Nikolas muitos jovens têm demonstrado interesse sobre a política.

Acompanhe a discussão na Câmara de Blumenau:

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