PT diz que Moraes confiscaria passaporte de Eduardo na volta ao Brasil

Deputados petistas alegam que o ministro do STF Alexandre de Moraes tinha a intenção de confiscar o passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL). De acordo com Rogério Correia (PT), “era óbvio que, se ele [Eduardo] retornasse ao Brasil, Alexandre de Moraes, a nosso pedido [seu e do deputado Lindbergh], confiscaria seu passaporte, impedindo-o de voltar aos EUA para dar continuidade à sua trama golpista”.

O parlamentar fez a declaração após Eduardo Bolsonaro anunciar, na terça-feira (18/03), sua decisão de se licenciar das atividades legislativas para estender sua estadia nos Estados Unidos, onde organiza uma campanha contra Alexandre de Moraes. Rogério Correia e Lindbergh Farias (PT) foram os responsáveis pelo pedido de apreensão do passaporte.

Moraes, no entanto, seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou o processo. O magistrado ressaltou em sua decisão que cabe exclusivamente ao Ministério Público apresentar denúncia ou solicitar o arquivamento de inquérito.

Procurado pela coluna, Rogério Correia afirmou que se sentiu “contrariado” com a decisão do magistrado, pois, segundo ele, a decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos EUA consiste em “bombardear a democracia e manter a política de desestabilização para a estratégia golpista”.

Eduardo, por sua vez, tenta alterar seu visto nos Estados Unidos para poder trabalhar no país e, também, ficar mais tempo em solo norte-americano. Como a permissão de turista concede apenas 90 dias de permanência nos EUA, o filho de Jair Bolsonaro consultou um advogado de imigração para tentar alterar a categoria do seu visto.

Além de poder trabalhar, o político busca ampliar sua permanência, já que pretende ficar pelo menos 120 dias nos Estados Unidos — período máximo permitido para a licença de um deputado brasileiro sem risco de perda do mandato.

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