Valor do dólar fecha em alta nesta quinta (20), após aumento da taxa Selic para 14,25%

O valor do dólar fechou o dia em alta nesta quinta-feira (20), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,66. Na quarta-feira (19), o fechamento ficou em R$ 5,64.

Valor do dólar voltou a subir nesta quinta-feira (20), após sete dias de queda – Foto: Deny Campos/Arte/ND

O dólar comercial operou em alta nesta quinta-feira (20), em um cenário marcado pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual (14,25%) pelo terceiro encontro consecutivo. A valorização da divisa norte-americana no exterior também influenciou o movimento.

Apesar da expectativa de desaceleração no ritmo de alta da Selic, o tom mais conservador adotado pelo Copom foi interpretado por alguns analistas como “marginalmente mais hawkish” (mais rígido). Enquanto isso, os juros futuros também avançaram, em um dia marcado pelo leilão de títulos prefixados do Tesouro, que pode atrair investidores estrangeiros.

Confira o valor do dólar hoje

Às 10h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (20), o dólar à vista operava com alta de 0,34%, cotado a R$ 5,662 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para abril, atualmente mais líquido, subia 0,32% com 5.682 pontos.

Dólar comercial

Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

• Compra: R$ 5,672
• Venda: R$ 5,674

Dólar turismo

Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

• Compra: R$ 5,712
• Venda: R$ 5,892

O que fez o valor do dólar mudar hoje?

Após sete sessões consecutivas de queda, o dólar havia fechado na quarta-feira no menor patamar em cinco meses. Nesta quinta, a moeda abriu em leve alta, com investidores assimilando a decisão do Banco Central do Brasil. Além disso, as perdas acumuladas de 3,85% pelo minério de ferro em Dalian ao longo da semana também pressionaram o mercado.

No cenário internacional, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterou na quarta-feira que “não há pressa em cortar as taxas”. Ele afirmou que, se o mercado de trabalho enfraquecer, o Fed poderá flexibilizar a política monetária.

O Fed manteve os juros na faixa de 4,25% a 4,50%, enquanto o Banco Central da China também optou por manter suas taxas. Já o BC da Suíça reduziu os juros para 0,25%, e o da Suécia manteve a taxa em 2,25%.

No Brasil, o relator do Orçamento de 2025, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), não atendeu ao pedido do governo Lula e excluiu a autorização para incluir o programa Pé-de-Meia posteriormente nas contas públicas sem aprovação do Congresso. O Congresso realiza uma sessão conjunta nesta quinta-feira, às 15h, para votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025.