Empréstimo consignado do INSS: novo teto de juros aumenta custo para aposentados; veja simulações

O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou, nesta terça-feira (25), o aumento do teto de juros para empréstimos consignados destinados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A taxa máxima passou de 1,8% para 1,85% ao mês.

Motivos para o aumento dos juros

A decisão de elevar o teto dos juros foi influenciada pelos recentes aumentos na Taxa Selic, que serve como referência para os juros básicos da economia. Desde janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic de 12,25% para 14,25% ao ano. Esse cenário levou diversos bancos a suspenderem a oferta de crédito consignado, alegando inviabilidade das operações com o teto anterior.

Negociações e posições dos bancos

Os bancos haviam solicitado que o teto fosse elevado para 1,99% ao mês, argumentando que essa taxa permitiria a retomada plena das concessões de crédito. Inicialmente, o governo considerou propor um teto de 1,88% ao mês, mas optou por apoiar a proposta da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que sugeriu o limite de 1,85%. Apenas o representante dos bancos votou contra a medida, apontando um descompasso entre os juros do consignado e a realidade do mercado financeiro.

Impacto nas parcelas do crédito consignado

Com o novo teto, espera-se que bancos públicos e privados retomem ou continuem a oferecer empréstimos consignados aos beneficiários do INSS. No entanto, o aumento da taxa de juros impacta diretamente o valor das parcelas, tornando o crédito mais caro para os aposentados e pensionistas.

Para entender melhor esse impacto, veja a simulação abaixo, considerando diferentes valores e prazos:

Valor do empréstimo Prazo (meses) Parcela com 1,80% ao mês Parcela com 1,85% ao mês Aumento da parcela Total pago com 1,80% Total pago com 1,85%
R$ 1.000 12 R$ 93,40 R$ 93,69 R$ 0,29 R$ 1.120,82 R$ 1.124,29
R$ 1.000 24 R$ 51,68 R$ 51,98 R$ 0,30 R$ 1.240,34 R$ 1.247,45
R$ 1.000 36 R$ 37,98 R$ 38,29 R$ 0,31 R$ 1.367,42 R$ 1.378,58
R$ 1.000 48 R$ 31,29 R$ 31,61 R$ 0,33 R$ 1.501,89 R$ 1.517,51
R$ 5.000 12 R$ 467,01 R$ 468,45 R$ 1,44 R$ 5.604,12 R$ 5.621,44
R$ 5.000 24 R$ 258,40 R$ 259,88 R$ 1,48 R$ 6.201,70 R$ 6.237,24
R$ 5.000 36 R$ 189,92 R$ 191,47 R$ 1,55 R$ 6.837,09 R$ 6.892,92
R$ 5.000 48 R$ 156,45 R$ 158,07 R$ 1,63 R$ 7.509,44 R$ 7.587,54
R$ 10.000 12 R$ 934,02 R$ 936,91 R$ 2,89 R$ 11.208,24 R$ 11.242,88
R$ 10.000 24 R$ 516,81 R$ 519,77 R$ 2,96 R$ 12.403,40 R$ 12.474,47
R$ 10.000 36 R$ 379,84 R$ 382,94 R$ 3,10 R$ 13.674,18 R$ 13.785,84
R$ 10.000 48 R$ 312,89 R$ 316,15 R$ 3,25 R$ 15.018,87 R$ 15.175,08

O aumento de 0,05 ponto percentual pode parecer pequeno, mas tem impacto no valor das parcelas pagas pelos aposentados e pensionistas. Por exemplo, em um empréstimo de R$ 10.000 parcelado em 36 meses, a prestação mensal sobe R$ 3,10, totalizando um acréscimo de R$ 111,66 ao longo do contrato. Já para um empréstimo de R$ 20.000 em 48 meses, o aumento total será de R$ 312,42.

A medida entrará em vigor cinco dias após a publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União, prevista para os próximos dias.

📌 Do Ver-o-Fato, com informações da Agência Brasil

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