Filha de Clezão afirma que o pai foi “assassinado” na Papuda

Filha do “patriota” Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, Luiza Cunha disse que seu pai foi “torturado e assassinado na Papuda”. As declarações foram dadas por ela durante visita ao Congresso Nacional. Preso por ter participado das depredações no 8 de Janeiro, o comerciante morreu aos 46 anos de infarto fulminante durante banho de sol na penitenciária.

Em setembro de 2023, Clezão chegou a receber parecer favorável à liberdade provisória por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas o pedido não chegou a ser analisado pelo relator do inquérito, o ministro do STF Alexandre de Moraes. A solicitação da defesa trazia um laudo médico que apontava a gravidade do quadro clínico do paciente.

Clezão apresentava vasculite, uma inflamação nos vasos sanguíneos em múltiplos órgãos. Ele ficou internado por 33 dias em 2022 após ter sido diagnosticado com Covid-19. De acordo com a família, o comerciante desenvolveu uma série de comorbidades após a doença.

O bolsonarista foi acusado de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo um laudo produzido pela Polícia Federal (PF), Clezão aparece entre os manifestantes que invadiram o Salão Verde da Câmara, que dá acesso ao plenário. Remetida ao Supremo, a perícia comparou imagens do “patriota” feitas após a prisão com registros das câmeras de segurança do Congresso Nacional no dia das depredações.

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