Turista tem mãos arrancadas por tubarão ao tentar tirar foto do animal

Uma turista de 55 anos foi mordida por um tubarão e teve parte da coxa e as mãos arrancadas em uma praia nas Ilhas Turcas e Caicos, no Caribe, no dia 7 de fevereiro. A mulher foi socorrida e sobreviveu, segundo o governo local.

Turista teve mãos arrancadas por tubarão – Foto: X/Reprodução/ND

As autoridades também informaram que o tubarão estava em águas rasas e tinha cerca de 1,80 metro de comprimento, mas sua espécie não foi identificada.

De acordo com o Departamento de Meio Ambiente e Recursos Costeiros das Ilhas Turcas e Caicos, a turista havia “tentado interagir com o animal” para tirar fotos antes de ser mordida.

A vítima, que não teve a identidade revelada, recebeu atendimento em um hospital antes de deixar a ilha de Providenciales, um destino de 98 km² cercado por águas turquesa, popular entre mergulhadores e banhistas.

A praia foi fechada, mas reaberta no dia 9 de fevereiro, após o tubarão ter nadado para águas mais profundas, segundo o departamento ambiental.

Turista que teve mãos arrancadas pode ter confundido animal

Especialistas afirmam que mordidas de tubarão são extremamente raras e, geralmente, acidentais. No entanto, tubarões podem causar ferimentos graves quando confundem humanos com presas.

Ilhas Turcas e Caicos são famosas pelas águas turquesa – Foto: Reprodução/ND

Em 2024, o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão dos Estados Unidos, da Universidade da Flórida, registrou 88 mordidas confirmadas ou potenciais ao redor do mundo. Destas, 24 foram provocadas, ou seja, ocorreram após o contato inicial feito pelo humano. Quatro delas morreram devido às mordidas.

O diretor do Arquivo, Gavin Naylor, disse ao The New York Times que ainda é cedo para determinar se o ataque à turista foi provocado ou não.

No entanto, Chris Stefanou, pescador e conservacionista de Nova York que monitora tubarões, disse que fotografar esses animais pode ser arriscado, porque eles podem confundir um celular com um peixe.

“Tubarões, ou qualquer predador no oceano, podem confundir isso com um peixe isca”, disse Stefanou, referindo-se a pequenos peixes brilhantes que atraem tubarões para a costa. “O tubarão não viu simplesmente um humano e pensou: ‘Opa, estou com fome, vou dar uma mordida.’ Isso não aconteceu”, relatou.